Gripe aviária avança, mas grande mídia ignora gravidade da crise
Enquanto casos de gripe aviária continuam a se multiplicar em diferentes regiões do Brasil e do mundo, chama atenção a postura da grande mídia, que parece tratar o tema com uma superficialidade preocupante. Em vez de manchetes de alerta, mobilização informativa e cobertura contínua, o que se vê são notas de rodapé e matérias esparsas, como se estivéssemos diante de uma ocorrência irrelevante.
Essa negligência na comunicação pode ter efeitos graves e comprometer a resposta da sociedade e do poder público diante de uma ameaça real. A gripe aviária, causada pelo vírus H5N1, tem se espalhado de forma silenciosa entre aves silvestres e de criação, além de já ter alcançado mamíferos marinhos e até humanos em alguns países. Apesar disso, o tratamento dado ao tema não reflete sua potencial gravidade. Em comparação com outras crises sanitárias, que mobilizaram horas de programação e coberturas especiais, a situação atual parece invisível aos olhos da imprensa tradicional.
Essa omissão contrasta com a necessidade urgente de informação e mobilização. A população precisa ser orientada sobre os riscos de contágio, os cuidados ao lidar com aves e a importância de evitar o consumo de produtos contaminados. Além disso, setores inteiros da economia, como a avicultura, podem ser profundamente afetados, gerando prejuízos financeiros e risco de desabastecimento. Ignorar isso é, no mínimo, irresponsável.
O histórico recente da pandemia de Covid-19 já mostrou como a desinformação e a demora na comunicação podem custar vidas. É inadmissível que os mesmos erros se repitam diante de uma nova ameaça potencial. A gripe aviária, embora ainda não tenha se tornado uma pandemia, reúne todos os ingredientes para uma crise global, e o jornalismo deveria estar na linha de frente da prevenção, e não no banco de reservas da indiferença.
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