A influência do crime organizado no Brasil atingiu níveis alarmantes, consolidando-se em setores que vão além do tráfico de drogas. Um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) revelou que facções criminosas lucram mais com o mercado clandestino de combustíveis e lubrificantes do que com a venda de cocaína. Enquanto o tráfico movimenta cerca de R$ 15 bilhões por ano, o comércio ilegal de combustíveis gera impressionantes R$ 61,5 bilhões, demonstrando a diversificação das atividades criminosas no país.
Esse fenômeno expõe a fragilidade do Estado no combate ao crime organizado e evidencia a conivência do governo com essas práticas. A falta de fiscalização rigorosa e a corrupção dentro das instituições permitem que criminosos atuem livremente, explorando mercados lucrativos sem grandes dificuldades. O contrabando de combustíveis ocorre de diversas formas, como a adulteração de produtos, o roubo de cargas e a sonegação de impostos, prejudicando tanto a economia quanto a segurança pública.
A expansão do crime organizado para setores estratégicos também reforça sua influência política e econômica. Facções criminosas estabelecem parcerias com empresários corruptos e até mesmo agentes públicos, garantindo proteção e facilitando a continuidade de suas atividades ilegais. Esse cenário agrava a crise de governança no Brasil, pois demonstra a incapacidade – ou falta de interesse – do governo em enfrentar o problema de forma eficaz.
O governo, por sua vez, responde de forma tímida e ineficiente. Em vez de implementar políticas sérias de combate ao crime, muitas vezes adota discursos populistas e medidas paliativas que não atacam a raiz do problema. Enquanto isso, criminosos continuam expandindo seu domínio, transformando o Brasil em um verdadeiro paraíso para atividades ilícitas.
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